sábado, 13 de junho de 2015

Ups, mudança errada.

Ok, ontem mudámos de ideias e em vez de irmos jantar fora sozinhos e ir ao cinema para festejar a nossa data de namoro, concordámos então ir jantar com um grupo de amigos porque a Inês, uma ratinha que chamamos de amiga chegou de Londres só por esta semana e decidimos estar com ela e com os seus. Eu sabia que a C. (prefiro não nomear tal pessoa) ia lá estar, faz hoje uma semana que discutimos surrealmente acerca do meu namoro, do namoro dela, dela estar sempre atrás da ex-namorada e do quanto ela faz sofrer a Inês e a resposta dela foi apenas parar de falar, como se faz quando se tem 10 anos ou menos. Sabia que ela lá iria estar mas fui de coração aberto para falarmos, esclarecermos as coisas, abraçarmo-nos bem quentinhos como antes e jantarmos com um bom ambiente que nos é habitual, a minha surpresa foi quando ela me virou a cara em vez de me dizer "Olá" ou apenas acenar com a cabeça, já não pedia mais. Percebi logo que aquilo ia correr mal. Acho que estávamos a ir por caminhos errados.C. O ponto alto da minha noite foi quando o melhor amigo dela se juntou à nossa mesa, um rapaz que ela só fala mal, que sabe que eu odeio e que curiosamente, sei lá, mesmo curiosamente é ex-namorado do meu atual namorado e companheiro de casa. São daquelas coincidências que não dá para explicar. Ele entrou logo a matar, foi tão lindo quando estávamos a falar de um crime que aconteceu perto de onde vivemos e ele sem nexo nenhum só diz "O karma é lixado, quem faz sofrer também vai sofrer" (tipo, "cala-me essa boca, abécula").  Foi dos piores jantares que já tive, senti-me tão mal que vim embora mal acabou o jantar, diga-se de passagem que eramos para ir para a praça do peixe, uma zona de bares aqui onde vivo. Senti de repente uma enorme vontade de um abraço familiar, peguei sentei-me ao volante e sem perguntar nada a quem estava comigo conduzi até parar em Águeda, a terra que me viu crescer e onde a minha família se mantêm quase toda. Sei que cheguei ao pé da minha irmã mais nova e chorei, chorei, chorei, chorei toda a noite se foi preciso (por isso ainda sinto os olhos um pouco inchados), ela era uma amiga tão especial, tão convicta de si mesma e por causa de uma troca de opiniões ela cala para sempre as mensagens que foram mandadas, os telefonemas feitos e os encontros marcados ao fim do trabalho só para ir passar os pés pelo areal da praia. Enfim, ela é que escolheu. Acordei e senti o tempo como o meu estado de espírito, cinzentão, a chuviscar e a precisar de algo que o aqueça. O meu sofá tornou-se o meu companheiro de blog, ele é que me indica o que devo escrever, quando e porquê. Da minha sala há uma vista linda da praia e de 2 em 2 segundos eu olho para lá, não sei porquê sinto-me conectado a todo este mundo da praia, verão, férias e sei lá, sinto-me bem. Quem tem estado comigo diz-me que nesta última semana eu tenho estado mais animado, com outra espécie de aura e sei explicar isso - timtim por timtim. Faz-nos bem quando pessoas do passado voltam à nossa vida, faz-nos bem sentir que tudo pode voltar, com umas pequeninas diferenças mas aceito. Faz-nos bem ter com quem desabafar e saber que eles sentem o mesmo que nós quando escrevemos. Isto é vosso, o meu muito obrigado por me acompanharem e por nunca desistirem do meu, do nosso "Claramente, são dias". Obrigado pelo que me é mais sagrado. Tenho de ir, mais uma manhã atarefada e uma tarde ainda mais. Cristiano Moura, sempre ao dispor.

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